Um planejamento financeiro adequado, investir em bons ativos financeiros e adotar um pensamento de longo prazo representam as melhores estratégias para assegurar uma aposentadoria sem percalços, segura e confortável.
Em um cenário de reformulações sociais e estruturais do governo brasileiro, como a Reforma da Previdência Social, a Reforma Tributária e mudanças demográficas (o contínuo envelhecimento populacional), a nossa vida é profundamente impactada, principalmente quando adentramos à fase da aposentadoria; por isso, é crucial adotar estratégias inteligentes.
Tendo em mente um planejamento financeiro eficiente, leva-se em consideração as 3 (três) fases da vida financeira do investidor, que são:
- Fase de Acumulação,
- Fase de Usufruto,
- Fase de Sucessão.
Fase de Usufuto
A princípio, ao pensar em aposentadoria, entramos na fase de usufruto. É o momento em que o investidor, após passar anos trabalhando e acumulando capital, pretende encerrar a sua fase produtiva e passar a viver de renda passiva.
Estratégias sólidas para a aposentadoria
Apesar das mudanças que impactam a vida do brasileiro em sua fase mais frágil, existem algumas alternativas de investimentos que podem ser utilizadas para uma futura complementação da aposentadoria pública (INSS) ou até a total independência financeira do investidor em relação ao sistema de Previdência Social, possibilitando assim que ele viva exclusivamente de proventos oriundos de seus investimentos.
Existem produtos financeiros com a finalidade específica de pagamento de dividendos ou de acumulação de capital em um longo prazo que podem ser utilizados pelo investidor para planejar a sua aposentadoria.
Portanto, vamos discorrer sobre os 3 (três) principais produtos utilizados para essa finalidade: Os Fundo Imobiliários (FII), as Ações e os Fundos de Previdência Privada.
Fundos Imobiliários
Imagine receber dividendos mensais como se fosse o aluguel de um imóvel, mas sem a dor de cabeça de ser um proprietário. Essa é a lógica por trás dos Fundos imobiliários, ativos de renda variável que investem em empreendimentos no mercado imobiliário.
Os investidores adquirem cotas, recebendo dividendos mensais proporcionais ao número de cotas em sua posse, resultantes dos rendimentos gerados pelos imóveis. Vale destacar que, por serem ativos de Renda Variável, o valor dos dividendos sofre alterações.
Existem 3 (três) tipos de Fundos Imobiliários:
- Fundos de Tijolo: O investimento ocorre de fato em imóveis, podendo ser em vários imóveis em regiões diferentes ou em um único imóvel específico. Alguns focam em determinados tipos de investimento como shopping center, prédios industriais, galpões logísticos, hotéis, escolas, etc. Além disso, há os que fazem uma combinação de todos os setores na carteira.
- Fundos de Papel: São aqueles que adquirem títulos presentes no mercado imobiliário. Ou seja, o objetivo não é investir no imóvel físico, mas sim em títulos vinculados a esses imóveis. Além disso, é comum encontrar em suas carteiras papéis como LCI (Letra de Crédito Imobiliário), cotas de outros fundos imobiliários, CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários), FIDC (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), etc.
- Fundos Imobiliários Híbridos: Mesclam títulos do mercado imobiliário, além de investir em imóveis, prédios, galpões, etc.
Ações
As ações representam parcelas que constituem o capital social de uma empresa de capital aberto e listada na bolsa de valores. Ao adquirir ações, o investidor se torna sócio da companhia, assumindo os riscos do negócio junto à empresa e participando tanto dos lucros (dividendos) quanto dos prejuízos.
As ações são um produto de renda variável, marcado por um nível considerável de risco e uma volatilidade significativa. Entretanto, com um bom planejamento e adquirindo ações de empresas sólidas e perenes, o investidor consegue utilizar esse tipo de ativo para adquirir renda passiva e utilizá-lo em sua aposentadoria.
Fundos de Previdência Privada
O terceiro produto financeiro que pode ser utilizado pensando na aposentadoria é o mais comum e conhecido entre os investidores.
Por tanto, esses são fundos de investimento de longo prazo. O objetivo é que o cotista ou investidor realize contribuições mensais para que o montante cresça, acumule rentabilidade e possa ser utilizado na aposentadoria.
Existem 2 (dois) tipos de planos de previdência privada:
- Planos Abertos: Esses são os comercializados pelas instituições financeiras, podem ser adquiridos por qualquer pessoa interessada e seguem as regras estabelecidas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
- Planos Fechados: Também conhecidos como fundos de pensão, são criados por empresas para atender exclusivamente seus funcionários e associados. Esses fundos seguem as regras determinadas pela Superintendência Nacional de Previdências Complementares (PREVIC).
Previdência Privada: PGBL e VGBL
O PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) é indicado para quem faz a declaração do seu Imposto de Renda de forma completa. Nessa modalidade, existe o benefício fiscal de deduzir as contribuições feitas no fundo de previdência da sua renda bruta tributável a um limite máximo de 12% ao ano.
Compensatoriamente, quando for realizado o resgate do valor presente no fundo de previdência o Imposto de Renda irá incidir sobre o valor total do montante (principal + rentabilidade).
Por sua vez, o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) recomendamos para investidores que realizam a declaração simplificada de Imposto de Renda. Dessa forma, não existe o benefício fiscal aplicado no PGBL.
Sua vantagem reside quando for realizado o resgate. Dessa forma, assim que essa ação for feita, o Imposto de Renda apenas incidirá sobre a rentabilidade.
Últimas Informações sobre os Fundos de Previdência Privada
Os Fundos de Previdência Privada disponibilizam diversas carteiras e estratégias de investimento, incluindo Fundos de Previdência de Renda Fixa, Multimercados e Renda Variável. Dessa forma, o investidor precisa selecionar o produto que melhor se adapta ao seu perfil, seja ele conservador, moderado ou agressivo.
Além disso, os investidores utilizam esses ativos de longo prazo com o objetivo de realizar aportes mensais até o momento da aposentadoria. Portanto, não é aconselhável efetuar retiradas antes do período final.
Existem 3 (três) principais formas de receber o recurso acumulado na Previdência Privada, são elas: O recebimento integral do valor, o recebimento mensal temporário e o recebimento mensal vitalício.
Escolha Cautelosa
É importante lembrar que cada produto financeiro tem as suas regras e características. Por isso, é imprescindível uma boa assessoria financeira para adequar o produto financeiro ao perfil e momento financeiro do investidor.